quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Leitura Divertida


Cansei de ler livros pela metade. Não vejo problema algum. A leitura tem que ser prazerosa, como assistir a um filme. É claro que, quem quiser se aprofundar mais na literatura ou no cinema terá que apelar para os clássicos, aí já não é mais entretenimento e sim uma busca de conhecimento. Desde criança aluguei filmes. No começo eram desenhos, filmes de super-herói, essas coisas. Depois, por influência, principalmente da minha mãe, comecei a ver filmes legendados, algumas porcarias que escolhia. Hoje, de vez em quando, consigo locar algo que me acrescente, às vezes até me forço a ver longas desagradáveis com o intuito de adquirir conhecimento, outras vezes paro de ver pela metade mesmo, sem remorsos.

Quando criança, minha mãe lia livros para mim, muitas vezes a mesma história se repetia todas as noites até eu enjoar. Na escola os professores recomendavam literatura infantil, depois infanto-juvenil, até chegar o segundo grau. Todo o pensamento é voltado para o vestibular, e os que deviam ser os nossos incentivadores de leitura recomendam livros chatos para moleques de quinze anos, e ainda querem que os leiam. Uns tantos adolescente lêem porque têm medo de irem mal nas provas ou já são condicionados, desde bebês, a serem competitivos, e nessa fase já estão preocupados com o mercado de trabalho, conseqüentemente com o primeiro teste para ver quem são os mais aptos a ganhar dinheiro e fazer uma carreira de sucesso (não pelo meu ponto de vista): o vestibular.

O hábito da leitura torna-se uma obrigatoriedade chata, onde, na maioria das vezes, quem lê as obras propostas tem desprazer. Ninguém é obrigado a gostar de todos os clássicos, nem querer lê-los. Ler deveria ser como ver um filme, aos poucos o gosto vai se apurando por si só, e a curiosidade levará às obras de qualidade, não como uma coisa imposta, mas naturalmente, como faço quando vou à locadora. Hora tenho vontade de pegar um filme tolo, hora loco um de qualidade, que me acrescentará. Deveria ser assim também com os livros. Mas não é. Porque ler livros virou sinônimo de ser cult, e ninguém quer ser pego lendo Paulo Coelho, por que não ler Paulo Coelho (e isso que estou falando de um autor que abobino)? O importante é ler, é assistir filmes, se não for um momento de prazer, ainda mais para quem não precisa disso com finalidade de sustento, não se tornará hábito. Leio porque gosto, vejo filmes porque gosto, se não me dá prazer fecho e desligo, o livro ou o DVD-player, a não ser que esteja num momento de adquirir conhecimento, por vezes faço esforço e vou até o final, mas digo com a ênfase de um presunçoso ignorante: este livro (ou filme) é uma porcaria.

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