segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Blasfêmia


Comecei pelo título mesmo. Nem me dei o trabalho de abrir o word, vou por aqui mesmo, seja o que Deus quiser. Seja o que eu quiser. Pensei em ir direto ao assunto; resolvi dar uma embromeichon. Aqui, consigo até escrever embromeichon sem problemas, odeio o sublinhar vermelho do word, me irrita. Ou o verde, posso começar uma oração com um me. Nunca tinha pensado nisso, mas, às vezes, o word pode constranger um tanto a liberdade poética. Por outro lado, pelo tamanho do retângulo que tenho para escrever diretamente pelo blog, acabo tendendo a me limitar a redigir pouco, odeio essa mania também de sinônimos, queria mesmo escrever que acabo tendendo a me limitar a escrever pouco, só por essa justificativa terei que escrever (repetir) - ó aí ó, a terrível mania de fugir das repetições das palvras - escrever um número maior ainda de vezes, só para constar que foi proposital a repetição condenada. A frase originalmente formulada ficaria, e vai ficar: ... acabo tendendo a me limitar a escrever pouco. É isso aí. Gosto de repetições. Gosto de escrever errado, gosto de começar frases com pronome oblíquo.


Está acabando o maldito retângulo, é claro que ele não é limitatório (mais uma vez terei que justificar, simplesmente não quis escrever limitador, acho mais bonito limitatório), mas acaba influenciando a escrever menos, não gosto de ver escrito só o que o retângulo suporta, gosto de ver o texto na íntegra, sei que na hora da postagem aparecerá por inteiro, de qualquer forma, tanto escrever no word, como no próprio blog, me incomoda. Talvez um dia me acostume, talvez não. Talvez. É óbvio que é talvez, o que na vida não é talvez (ponto de interrogação). Enfim, di-lo-ei a quê vim. Ah, também gosto dessa merda aí de mesóclise, pode ser um tanto controverso, mas, afinal, pra que tenho blog, se não é pra blasfemar livremente, mesmo, muitas vezes, eu me auto-censurando. Então, voltando ao assunto principal, ou inicial, ou o que fora considerado por mim a inspiração para começar este post: eu abandonei a leitura de "Hamlet". Abandonei, (interrompi o aparelho de DVD quando assistia, qualquer merda de substituição sinonímia) duas vezes, "2001, uma Odisséia no Espaço", entre outras tantas blasfêmias que já cometi. É claro que é só retórica. Agora o final deste post tá me complicando, tô com sono e preguiça de continuar escrevendo e preguiça de ir pra cama e preguiça de levantar da cadeira e preguiça de bolar um final. Certas horas até receio em me arrepender de admitir essas blasfêmias, tem outras tantas que preferi ocultar. Outros livros e filmes inacabados. É isso aí (pensei em um final assim: prefiro blasfemar para os outros do que blasfemar pra mim; obviamente me auto-censurei e não tive coragem de colocar um final destes).

2 comentários:

Anônimo disse...

Escreveste sobre o ato da escrita. Este post foi "mágico"...Daqueles que dá "raivinha" por não ter pensado nisso antes. rs rs. Ficou bem personificado.

Juliana disse...

Escreveste sobre o ato da escrita. Este post foi "mágico"...Daqueles que dá "raivinha" por não ter pensado nisso antes. rs rs. Ficou bem personificado.