sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tudo é Tudo e Nada é Nada

Indivíduos porra nenhuma. O ar não nos separa, une-nos. O pronome oblíquo da oração anterior significa: homo sapiens, chinelo, pedra, nuvem, canis lupus. Parte de um só corpo, tentarei denominar: Universo (se houver mais de um, ele englobará todos esses universos, enfim, Universo, para via desse texto, significa a abstração do tudo, do todo).
Propriedade não existe. O nada não existe, o vácuo não existe. “Tudo é tudo e nada é nada”, como já diria eu. Assim como a palavra abstrata nada, o tudo, contido dentro dele mesmo é coisa abstrata. Mas, na prepotência de tentar explicar e compreender o Universo, o tudo, contido nele mesmo, é o mais próximo do concreto que consigo imaginar.
E se, qualquer objeto sideral, macroscópico, ou no âmbito atômico, microscópico, consegue transitar (não acredito em tempo e movimento, pararei por aqui, se não o parênteses ficará maior que o texto) entre dois pontos divergentes, é porque algo ali é existente, analogicamente, atravessamos a rua através do ar.
Também, dentro da abstração do tudo e todo, só consigo imaginar uma perpetuidade contida nela mesma, do sempre foi e sempre será. Momento inicial de criação, Big-Bang, ou momento final, Big-Crunch, chamem como quiserem, dia do juízo final, enfim, não faz lógica na minha cabeça. Não que faça lógica a abstração da perpetuidade contida, mas é a abstração que mais se aproxima da minha tentativa prepotente de explicar o inexplicável (será mesmo inexplicável, segundo umas partes, que se dizem indivíduos, do Universo, de proporções atômicas em relação ao todo, é inexplicável).
Abrirei um parênteses, “dentro de toda a aleatoriedade e da grandeza do Universo, surgiram, surgirão ou surgem (não surgem, surgirão ou surgiram) inúmeros tipos de objetos (individualizarei para a tentativa de tradução desta idéia): bolas de fogo, bípedes, carbono, ribossomos, vírus, meteoros, cadeiras etc etc etc”, constato.

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