terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A Religião e O Pato

Dedos entrelaçados, cotovelos apoiados, o cheiro é defumado.
Da cabeceira, o chefe profere as palavras lentamente,
os murmúrios das laterais o acompanham instintivamente.
Cotovelos desapoiados, o ritual está começado, agora desfrutam o almejado:
O pato defumado, com tanto carinho, foi preparado.
E a pergunta: por que no domingo e não na segunda?
Resposta mascada, com a boca no pato.
Tinir dos metais, tudo encerrado, a pergunta das laterais:
Quando vão parar de inventar rituais?

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